A morte não chega em hora propícia, não espera chegar em casa. Esbarra num momento ruim da vida ou num gesto capcioso nas horas mais memoráveis do nosso "filme". Não espera que consertemos o que havia quebrado. Não nos dá uma segunda chance de reaver o tempo perdido. Não possibilita sussurrar, balbuciar, cuspir ou gritar as palavras que antes tanto guardamos para nos manter sãos, intactos. A morte não enobrece o homem, não o purifica dos seus atos. É, fato que abala o andar da carruagem, o trânsito das possibilidades de todas as pessoas que estão interligadas pelo fio da humanidade.
Deixamos as picuinhas de lado, as diferenças e indiferenças, o inóspito, para sermos solidários com a causa.
A morte não perdoa. Pra ela, somos todos iguais. E sendo assim, descemos do salto para nos manter comuns aos demais, sem discriminar atos, cores, opções, apenas acatando ao destino.
Thayza de Luna
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